Minha vida é uma farsa.
Ontem mesmo cantava o vento leve e a brisa leve das manhãs de primavera.
Mentia.
Eu nunca fui primavera.
Ontem mesmo cantava o amor e as coisas mornas da vida.
Mentia.
Nunca na vida hei amado.
Sou uma criatura de verão, nascido da tempestade.
Sou uma criatura de inverno, gelada.
Sou movido à água quente de suor e lágrima.
Sou movido à água fria, que sucede o porre.
Sou água e fogo, sou movimento.
Não me acredites quando for cinza, quando for poça.
Eu minto.
Eu gostei.
ResponderExcluirGostei da introspecção.
Belo poema.