sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Já dizia o velho Tom


“O amor é a verdadeira sacanagem”.
Ando cansado de vadiar por aí suplicando por relances de amor. Colhendo às vezes desejo, às vezes paixão, às vezes rancor.
Cansei de pessoas trancadas, de portas fechadas, de armários pro amor.
Eu quero as portas abertas. Mais que portas, quero janelas, pra ver o sol se pôr.
Quero dividir segredos, e ao pé do ouvido, que é pra sentir calor.
Quero arrumar duas malas, comprar duas passagens, seja pra onde for.
Quero esquecer do mundo – que o mundo atrapalha – tem muita dor.
Quero achar o fim do arco íris, tocar estrelas – com o meu amor.
Que se for impossível a gente tenta, a vida inteira, que é pra ter mais valor.
Pois de que vale o amor que é pe(n)sado?
Quando é calculado, com cuidado, pra eliminar a dor?
Quando vem aos poucos, planejado, isso não é amor.
Deixa queimar, meu amigo, deixa arder
Que o amor é chama e quando arde é bom de ver

Mas não só de fogo, meu amigo, deve o amor viver.
Depois de apagar o fogo, não esquece,  traz as panelas pra gente comer.

Depois acende umas velas, que é pra reaquecer
Fala de qualquer coisa, pro tempo correr
Pro tempo parar

Que a rotina, meu amigo, é armadilha do pensar
Pro amor e pro coração é tudo eterno
Deixa ele falar.

Um comentário: