quinta-feira, 19 de maio de 2011

Capitu

Quando chega a madrugada 
ela me chama
se pinta
dança


As cortinas se abrem
Minha boca se abre
Ela engana


E no girar do seu corpo
o mundo gira
e some o chão


vem, não avisa
vai, sem despedida
Qual furacão


é quando só
de alma e corpo
que ela domina
a imaginação.

sábado, 7 de maio de 2011

Despalavra (ou vida)

Quando eu falo, acredito.
Quando calo, não consinto.

Do que é seu e meu, eu falo.
Acredito em nós.
Mas no que é seu, só seu
Não tenho voz.

Foi a vida que me ensinou, meu amigo
No que é teu ela quem diz
O que a garganta cansada já quis

Não é que eu não me importe
Nem tampouco que eu aprove
É você que não pode ouvir
(Ninguém pode)

No que é teu, meu amigo
Sai e vê
Eu não posso mudar por você.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Epifania (de liberdades)

O minuto de magia que desacredita
Deslimita
Liberta parecendo aprisionar

Todo mundo sabe que o homem (sozinho)
não pode voar

Um minuto que me fez duvidar

O céu amarelo que se abria diante de mim
A manhã azul

...
Eu havia encontrado minha liberdade, enfim.