Desapontar-se é morrer um pouco em alguém. Mas se é a morte transformação – o famoso princípio de Lavoisier em ação – já nem sei se seria morte também.
Desapontar-se é silêncio. É emudecer em si sons fáceis – que acalmavam a alma – para acalmar o corpo. O corpo ensurdece primeiro, concreto que é. A alma sucumbe.
É a razão que domina o sonho e acorda. É mais ainda: é aquela odiada voz que sussurra “é um sonho” e encerra a magia, acordando ou não.
É o nada, mas não é estático. É um nada que se expande, de fora pra dentro. Passa pelos sentidos e devora o corpo, pra depois se alimentar da alma.
Deixar de apontar. É o fim de um movimento da alma de projetar-se para fora do corpo, relembrada de sua prisão.
O desapontamento passa as pessoas.
Ele permanece.
Danilo, não queria fazer um comentário adolescente, mas só posso dizer que é foda. No bom sentido. No sentido único que rege as coisas. Continuo a apontar pra você (ha-ha). Beijo.
ResponderExcluirgostei do texto, mas não do sentimento. Espero que esteja tudo bem :D xoxo
ResponderExcluirjogo de palavras bem feito sempre me cativa, nao tem jeito.
ResponderExcluirO texto é lindo e de ótima qualidade!