terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Boemia


Apontavam, retas e rígidas, a escuridão
Contrastavam com os braços tortos, que iam e vinham
Na contramão
Carregando dourados sóis que quebravam nas bocas em ondas
Deixavam a espuma do mar, branca

E as retas em setas inflexíveis ainda apontavam a negritude do céu.
Ao lado delas, conversas tortas iam e vinham
Em festa, incorrigíveis
Entremeadas da névoa do mar noturno
- O véu!
Que quebrava das bocas em brisa, branca

E as lanças intrépidas retiam a festa, a conversa,
O sol, a brisa, o mar
Maldita grade funesta
Senso torto de propriedade reta
Negra, a me assombrar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário